quarta-feira, 8 de junho de 2011

O CRIVO DAS TRÊS PENEIRAS...

  

    Augustus procurou Sócrates e disse-lhe:
    - Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o
 que me contaram a respeito de... Nem chegou a terminar a frase, quando
Sócrates ergueu os olhos do  livro que lia e perguntou:


    - Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo
das três peneiras?
    - Peneiras? Que peneiras?

    - Sim. A primeira, Augustus, é a da verdade. Você tem certeza de que
 o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
    - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!

    - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a
segunda peneira: a bondade.

 O que vai me contar gostaria que os outros também dissessem a seu
 respeito?
       - Não, Sócrates! Absolutamente, não!
       - Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.

       Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo
 necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma
 coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
       - Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi
 que nada me resta do que iria contar.

       E Sócrates sorrindo concluiu:
       - Se passar pelas três peneiras, conte! 
 
Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar.
 
 Caso contrário esqueça e enterre tudo.
 Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre  irmãos.
 
 Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário
 infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de
 passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras por que:


       Pessoas sábias falam sobre idéias;

       Pessoas comuns falam sobre coisas;

       Pessoas medíocres falam sobre pessoas.


Autor: Sócrates

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